20 Exemplos De Versos E Prosa

Los versos e as prosas São duas formas diferentes de escrever um texto ou de se expressar na linguagem oral. Um verso é cada um dos versos de um poema que, geralmente, obedece a regras relacionadas a métrica, rima, ritmo e sonoridade. Por exemplo:

que vida tranquila (verso 1)
aquela de onde foge o ruído mundano, (verso 2)
e siga o oculto (verso 3)
caminho onde eles foram (verso 4)
os poucos sábios que no mundo foram! (verso 5)
(Frei Luís de León)

Por outro lado, a prosa não obedece às regras da poesia (embora tenham outros tipos de regras) e é a forma de expressão mais natural e livre da linguagem. Por exemplo:

Ninguém o viu desembarcar na noite unânime, ninguém viu a canoa de bambu afundar na lama sagrada, mas depois de alguns dias ninguém desconhecia que o homem taciturno vinha do Sul e que sua pátria era uma das infinitas aldeias rio acima …
(Jorge Luís Borges)

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Características dos versos

  • Forma. A escrita é fragmentada, ou seja, não completam a linha de uma folha porque são interrompidas para acomodar determinadas regras métricas.
  • Regras. A duração e a composição dos versos são delimitadas de acordo com as regras de métrica, rima e sonoridade.
  • Unidades. Um conjunto de versos forma uma estrofe e um conjunto de estrofes forma um poema.
  • Propósito. O verso é usado na poesia e sua função é expressar sentimentos, pensamentos e ideias e, em menor escala, narrar.
  • Classificação. Existem diferentes tipos de versos:

– Versos rimados. São versos cuja última palavra rima com a última palavra de outro verso. As rimas podem ser consoantes (todos os sons são repetidos a partir da última vogal tônica) ou assonantes (somente as vogais são repetidas a partir da última vogal tônica). Por exemplo:
Com um pano de saco de amargura, de rom vidaero ,
Encontrei, depois de uma longa jornada, com a paz de um caminhoero. (Ramon Pérez de Ayala)
– Versos soltos. São versos que não rimam com outros, mas se encontram entre versos que rimam. Por exemplo:
É assim que a rua trovejou (verso solto)
uma voz já rachada, (rima de assonância com o verso 4)
que saiu de um palácio (verso solto)
cuja porta estava fechada (rima de assonância com o verso 2) (The Duke of Rivas)
– Versos brancos. São versos que não rimam com outros, mas que possuem certo número de sílabas e que se encontram em poemas em que não há rimas. Por exemplo:
O que você está pensando, morto, meu Cristo?
Por que esse véu de noite fechada
de seus abundantes cabelos negros
de Nazareno cai na sua testa? (versos de onze sílabas sem rima, Miguel de Unamuno)
– Versos livres. São versos que não possuem regras quanto a métrica, rima e número de sílabas, mas são compostos levando em consideração a sonoridade. Por exemplo:
E se anteciparmos
de sorriso em sorriso
até a última esperança? (Alejandra Pizarnik)
– Versos de arte menor. São versos que possuem entre duas e oito sílabas. Por exemplo: honra brilhante do céu (verso de sete sílabas) (Luis de Góngora)
– Versos de arte maior. São versos que possuem nove sílabas ou mais. Por exemplo: Era a estação florida do ano (verso de onze sílabas) (Luis de Góngora)

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  • Versos rimados

Características da prosa

  • Forma. A escrita é contínua (ou seja, ocupa toda a linha do papel) porque não obedece às regras da métrica.
  • Regras. A prosa tem regras menos rígidas do que as regras do verso, pois não possui rima ou métrica. Essas regras são de coesão, coerência, gramática (sintaxe, pontuação e ortografia) e organização do discurso e servem para garantir que as ideias sejam ordenadas e que a prosa seja compreensível.
  • Unidades. A prosa consiste em:
    – Orações. São declarações com sentido completo que começam com letra maiúscula e terminam com ponto.
    – Parágrafos. Eles são compostos de uma ou mais frases, cada uma tratando de um tópico central e começando com uma letra maiúscula e terminando com um ponto final.
  • Propósito. A prosa é utilizada em narrativas, textos jornalísticos, científicos, acadêmicos, etc. Sua função é informar, narrar ou refletir sobre temas ou fatos, dependendo do gênero em questão.
  • Prosa

Exemplos de versos

  1. Fragmento de “¡Todo era amor!”, de Olivero Girondo

Tudo era amor… amor!
Não havia nada além de amor.
Em todo lugar havia amor.
Você não podia falar sobre nada além de amor.

  1. Fragmento de “Sleepless”, de Octavio Paz

Vigília do Espelho:
a lua o acompanha.
reflexão após reflexão
trama a aranha.

  1. Fragmento de “Nostalgia”, de Rosario Castellanos

Aqui estou suspirando
como aquele que ama e lembra e está longe.

  1. Fragmento de “Riqueza”, de Gabriela Mistral

Eu tenho a felicidade fiel
e a felicidade perdida:
aquela como rosa,
o outro como um espinho.

  1. Fragmento do “Soneto X”, de Garcilaso de la Vega

Quem me disse, quando no passado
horas em tanto bem pra você eu vi,
que você tinha que ser eu algum dia
com dor tão grave representada?

  1. Trecho de “Eu te amo”, de Mario Benedetti
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seus olhos são meu feitiço
contra o dia ruim
Eu te amo pelo seu visual
que olha e semeia o futuro

  1. Fragmento de “Poema XV”, de Pablo Neruda

Como todas as coisas estão cheias de minha alma
você emerge das coisas, cheio de minha alma.
Borboleta dos sonhos, você se parece com minha alma,
e você se parece com a palavra melancolia.

  1. Fragmento de “Você me tem em suas mãos”, de Jaime Sabines

você me tem em suas mãos
e você me lê como um livro.
Você sabe o que eu não sei
E você me diz as coisas que eu não digo a mim mesmo.
Aprendo mais com você do que comigo.
Você é como um milagre em todas as horas,
como uma dor sem lugar

  1. Fragmento de “A Canção Errante”, de Rubén Darío

A cantora percorre o mundo
sorridente ou pensativo.
A cantora vai na terra
na paz branca ou na guerra vermelha.

  1. Fragmento de “Ruídos”, de Renato Leduc

Em que língua o vento diz sua palavra?
É uma pena que não haja estepe
tudo em volta,
assim, eu chamaria de corcel errante, etcetera, etcetera,
a este pobre vento que clama à minha porta…

exemplos de prosa

  1. Fragmento de Dom Quixote de La Mancha, romance de Miguel de Cervantes Saavedra

“Em um lugar da Mancha, cujo nome não quero lembrar, vivia não faz muito tempo um fidalgo desses com uma lança em um estaleiro, um escudo velho, um orvalho magro e um galgo por corredor. Uma panela de algo mais vaca do que carneiro, salpicón quase todas as noites, duelos e quebrantamento aos sábados, lentilhas às sextas-feiras e algum pombo adicionado aos domingos, consumiu as três partes de sua propriedade.

  1. Fragmento de “Dr. Jekyll e Edward Hyde, transformados”, ensaio de Jorge Luis Borges.

“Hollywood, pela terceira vez, caluniou Robert Louis Stevenson. Esta difusão intitula-se Man and the Beast: foi perpetrada por Victor Fleming, que repete com fatídica fidelidade os erros estéticos e morais da versão mamouliana.”

  1. Fragmento de “O sonho de ter um carro na península”, crônica de Sara Gallardo

“Barcelona. – Todo mundo quer o seu. Carro próprio, intransferível. Cada um o deseja, pelo menos em sonho. Juntando as organizações que estudam a sobrevivência no planeta e as urbanizações hiperbólicas de cidades inimaginavelmente grandes, a conclusão parece a mesma: transporte coletivo, zonas de pedestres.”

  1. Fragmento de um texto jornalístico
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No dia 5 de abril, um grande investidor chegou ao país e, segundo fontes próximas ao governo, tinha a intenção de investir no setor de energia renovável. Ontem o investidor e o ministro da energia assinaram um acordo para iniciar um projeto de energia eólica.

  1. Fragmento de Íon, O texto filosófico de Platão

“Sócrates.-Não é difícil de explicar, amigo. É óbvio que você é incapaz de falar de Homero segundo a arte e saber ao certo, pois se você se ativesse à arte falaria igualmente de todos os poetas. Porque existe, suponho, uma arte da poesia como um todo. Ou não?”

  1. Fragmento de A arqueologia do saber por Michel Foucault

“Durante décadas, a atenção dos historiadores fixou-se preferencialmente em longos períodos, como se, sob as vicissitudes políticas e seus episódios, se propusessem trazer à luz os equilíbrios estáveis ​​e difíceis de alterar, os processos irreversíveis, as regulações constantes, os fenômenos tendenciosos que culminam e se invertem após continuidades seculares, movimentos de acumulação e saturações lentas, os grandes plinths imóveis e mudos que o entrelaçamento das histórias tradicionais cobrira com uma espessa camada de acontecimentos.”

  1. Fragmento de “Continuidade dos parques”, conto de Julio Cortázar

“Eu tinha começado a ler o romance alguns dias antes. Deixou-o para negócios urgentes, reabriu-o ao voltar de trem para a fazenda; aos poucos foi se deixando interessar pelo enredo, pelo desenho dos personagens. Naquela tarde, depois de escrever uma carta ao seu advogado e discutir com o mordomo uma questão de meação, voltou ao livro na tranquilidade do escritório que dava para o parque com os carvalhos.

  1. Fragmento da carta de 19 de novembro de 1880, de Vincent Van Gogh

“Esses dias fiz um desenho que me custou muito trabalho. No entanto, felicito-me por o ter feito. É um desenho a bico de pena de um esqueleto, um desenho de dimensões respeitáveis, distribuído em cinco folhas”.

  1. Texto instrucional (receita culinária)

Para fazer o bolo você deve:
– Misture os ovos, a farinha, a baunilha e o açúcar.
– Coloque a mistura em uma forma redonda e leve ao forno por uma hora.
– Deixe o pão esfriar e depois desenforme.
– Corte o pão e recheie com geléia.
– Coloque a tampa no pão e decore com chantilly.

  1. Cópia publicitária da Coca-Cola

“Olhe para o lado Coca-Cola da vida”

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