Las crônicas jornalísticas são uma variedade dentro do jornalismo literário, em que um evento é narrado cronologicamente e em detalhes, oferecendo uma avaliação informativa dos fatos. Por exemplo: Crônica Jornalística das Torres Gêmeas.
É um episódio não ficcional do qual o jornalista participou diretamente. Espera-se, portanto, um retrato mais detalhado do que em uma notícia jornalística clássica, e que possa incluir a visão pessoal e subjetiva de seu autor.
Características da crônica jornalística
- Seu objetivo não é apenas contar o que aconteceu, mas recriar um ambiente, dar uma impressão precisa a partir do olhar do jornalista.
- O juízo de valor é relevante para sustentar a estrutura da matéria e construir uma argumentação jornalística.
- O texto deve ter “significado cronológico”, ou seja, uma exposição ordenada dos fatos, partindo do que aconteceu primeiro.
- A crônica deve incluir:
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- Todas as informações que podem ser coletadas.
- Frases literais de participantes, testemunhas, personalidades envolvidas no evento narrado.
- Um desenvolvimento acompanhado de uma análise do episódio.
- Frases que expressam sentimento e emoção.
- Se for o caso, reflexões irônicas ou humorísticas.
- Tensão sustentada na história, para que o leitor se sinta envolvido no que está sendo contado.
Aspectos formais da crônica jornalística
- A extensão pode variar, de acordo com as possibilidades de layout e limitações espaciais da página impressa.
- A narração pode ser em primeira pessoa e o jornalista torna-se o ator dos acontecimentos narrados, ou usa uma voz de “testemunha”, um espectador dos acontecimentos.
- A redação deve ser refinada e simples, refletindo a cultura, o poder de observação e a profundidade dramática do jornalista.
Como escrever uma crônica jornalística?
- Entrada. O início deve ser atraente para atrair a atenção dos leitores. O ideal é pensar em uma frase que funcione como um “gancho” e gere interesse, antecipando uma nota divertida. Não é aconselhável começar a oferecer muitos dados, o que pode sobrecarregar e levar ao abandono da leitura.
- Dados. O texto deve oferecer informações básicas que completem os pontos necessários para entender e responder às perguntas tradicionais (o que, quem/é, onde, quando, por quê).
- Relato cronológico. A narração do corpo da nota deve conter a dramatização e o clímax da crônica, com ações crescentes e decrescentes para poder dar conta da tensão da história.
- Final. O fechamento pode incluir uma serifa que remonta ao gancho que iniciou o texto.
Tipos de crônicas jornalísticas
Dependendo do tema que abordam, as crônicas jornalísticas podem ser:
- Crônicas politicas. São aqueles que retratam episódios e atores no campo da administração pública. Por exemplo, o acompanhamento de uma campanha eleitoral, actos de proselitismo, posse presidencial, entre outros, captando sempre o ambiente, estados de espírito, características e emoções do público e outros intervenientes nestes eventos.
- Crônicas jurídicas. São aqueles em que são relatados julgamentos orais de grande repercussão para o grande público. Por exemplo, quando se julgam figuras públicas ou se procura a justiça por episódios com grande impacto na sociedade. Procurará retratar não só o andamento quotidiano do acto jurídico, mas também os testemunhos dos participantes que anseiam por um veredicto justo.
- Crônicas locais/urbanas. São aqueles em que o olhar do jornalista repousa sobre aspectos do cotidiano, para pintar um retrato da atualidade perante os leitores. Por exemplo, ao descrever o estilo de vida das comunidades que se reúnem algures na cidade, as propostas glamorosas oferecidas para o turismo, o carnaval, as festividades da Páscoa ou do Natal, entre outras.
- Crônicas correspondentes. São aquelas realizadas por um jornalista que mora em outro país para cobrir o dia a dia de uma cidade estrangeira. O autor busca transmitir uma experiência estrangeira para leitores compatriotas que desconhecem os hábitos e a cultura daqueles países. Por exemplo, essas crônicas são frequentes antes de shows internacionais como copas do mundo de futebol ou Olimpíadas, cerimônias de premiação e festivais. São itens que complementam a nota central, dando um toque divertido e, geralmente, com um tom bem-humorado.
- Crônicas de viagem. São aqueles em que um local turístico é descrito com slogans muito claros. Por exemplo, “Os dez melhores pubs de Londres” ou “O interior do museu do Louvre”. Sua função é informar, mas também gerar um texto divertido para os leitores que não necessariamente irão visitar o local.
- Crônicas de correspondente de guerra. São aquelas escritas por um editor que, em meio a bombas e balas, cobre o cotidiano de uma cidade atravessada por um conflito bélico. Centra-se nos problemas quotidianos enfrentados pelos cidadãos comuns no contexto da guerra, como a falta de água, meios de subsistência alternativos, o trabalho dos médicos e do pessoal de saúde.
Exemplos de crônicas jornalísticas
A conquista da América e o fim do antigo mundo pré-colombiano
Por quase 10.000 anos, diferentes povos nativos da América viveram sem sequer suspeitar que existia um mundo inteiro além de suas costas, preocupado apenas com as tensões que surgiam entre eles. Impérios inteiros nasceram e caíram, civilizações foram perdidas e monumentos poderosos foram construídos antes que o navegador genovês Cristóvão Colombo cruzasse o Oceano Atlântico pela primeira vez para desembarcar nas margens do Mar do Caribe, em 12 de outubro de 1492.
Três barcos fizeram aquela primeira viagem europeia ao que chamaram de “Índias Ocidentais”, acreditando que de fato haviam dado a volta ao mundo e ido parar na Ásia. Em vez disso, encontraram um paraíso tropical povoado por povos estrangeiros que batizaram de “índios” e com os quais rapidamente estabeleceram uma relação de troca desigual: as maravilhas naturais daquele lugar misterioso não pareciam muito guardadas pelos simpáticos Tainos, e nos gananciosos mentalidade dos primeiros conquistadores, que lhes deu o direito de levar tudo.
Segunda Guerra Mundial: seis anos de conflito que mudaram a história para sempre
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um dos maiores conflitos da história humana recente e o mais importante de todo o século XX. De uma forma ou de outra, não apenas as grandes potências econômicas e militares da época estavam envolvidas, mas também a maioria das nações do planeta, seja do lado dos Aliados (EUA, Reino Unido, França e URSS). ao lado das Potências do Eixo (Alemanha, Itália, Japão). Os seis anos que durou esta “guerra total” transformaram para sempre a configuração política do planeta e deixaram cicatrizes que ainda hoje, quase 80 anos após o seu fim, permanecem na memória coletiva.
A Alemanha nazista já dava sinais de sua ambição territorial, expressa pelo próprio Adolf Hitler em termos de habitat (“espaço vital”) em seu livro Minha luta (1925), no qual delineou seu plano político, social e militar para a Alemanha, e a necessidade desta de se apoderar dos territórios das nações do Leste Europeu. Pensando nisso, em 23 de agosto de 1939, o regime alemão assinou um pacto de não agressão com a União Soviética de Stálin, no qual —viria a luz muito mais tarde— dividiam o território polonês e acertavam uma nova fronteira entre suas nações. .
A queda das Torres Gêmeas em Nova York: o grande atentado terrorista que iniciou o século XXI
O primeiro ano do século 21 terminou naquela terça-feira, 11 de setembro de 2001, sem que ninguém em Nova York ou em qualquer lugar do Ocidente suspeitasse dos eventos que aconteceriam naquela manhã. Acontecimentos que parecem ter saído de um filme de Hollywood, mas que causaram estragos muito reais e muito emblemáticos no coração da cidade americana: a destruição das Torres Gémeas do World Trade Center e de todas as suas estruturas circundantes.
Naquela manhã, passageiros de quatro voos separados de quatro companhias aéreas americanas ocuparam os pequenos assentos dentro de seus aviões. O voo 11 da American Airlines decolou às 8h do Aeroporto Internacional Logan de Boston, com destino a Los Angeles. Tinha 92 pessoas a bordo. Do mesmo aeroporto, mas quinze minutos depois, o voo 175 da United Airlines fez o mesmo, com o mesmo destino mas com 65 pessoas a bordo. Ambos os aviões eram modelos Boeing 767, com envergadura média de 47 metros e comprimento entre 40 e 60 metros.
Mais exemplos de crônicas jornalísticas
- Rappi: Capitalismo com pulsão de sangue, de Emiliano Gullo. O jornalista retrata sua própria experiência de dez dias como entregador de comida.
- Crônica do menino que mantém o flancito, de Martín Granovsky. A jornalista visita escolas de bairros pobres da cidade para revelar as condições em que as crianças estudam lá.
- Um fim de semana com Pablo Escobar, de Juan José Hoyos. Uma crônica em que se acessa a privacidade do personagem mais famoso do narcotráfico internacional.
- Assalto ao palácio, de Gabriel García Márquez. O texto recria a luta entre a Frente Sandinista de Libertação Nacional e o ditador Somoza da Nicarágua.
- A vaca sagrada, de Josefina Licitra. A crônica conta a história de Rosita, uma vaca clonada que se esconde no pampa argentino.
- Um homem está brigando com minha mãe, por causa de Carlos Martínez. A história nasce de um pedido de socorro feito por uma menina salvadorenha quando um homem agrediu sua mãe e analisa a atuação das forças de segurança e de suas autoridades naquele país.
- Os escravos invisíveis, de Óscar Martínez. Uma crônica que acompanha a jornada de migrantes da América Central até a fronteira entre o México e os Estados Unidos.
- Estes são os restaurantes no México que a Revista Travesías indicaria a turistas, amigos e familiares. O cronista faz uma seleção de restaurantes de acordo com os seus gostos pessoais e experiências vividas para recomendar a todo o tipo de público.
- Crônica de um terremoto no México em primeira pessoa, por Javier Petersen. O autor que por acaso participava de um congresso tecnológico na capital mexicana foi testemunha involuntária de um terremoto ocorrido em 2014.
- México, a cidade em fuga, de Martín Caparrós. O escritor descreve o seu passeio pela cidade, cheio de nuances, cultura e sabores para recordar.
- Três lugares à frente da bancada, de Emmanuel Carrère. Crônica que acompanha o julgamento dos acusados dos atentados de Paris.
- O privilégio do aborto, de María Luz Nóchez e Laura Aguirre. Os cronistas retratam o que passam as mulheres pobres de El Salvador, um dos países com as leis mais duras contra o aborto, que devem recorrer a essa prática por diversos motivos.
- Vida e política na cidade mais pobre do Brasil, de Antonio Jiménez Barca. Nesta crónica, o correspondente descreve os problemas enfrentados pela população de Belágua, numa das zonas mais pobres do país.
- Os últimos compassos das FARC na guerra, de Javier Lafuente. O correspondente vai à região do Putumayo, na Colômbia, para saber como vivem os guerrilheiros enquanto esperam a assinatura do acordo de paz.
- Uma homenagem a León Gieco e uma história comovente, do Diario Clarín. Uma crônica que resgata aspectos pessoais do músico e revitaliza a arte de contar e celebrar a palavra de um lado para o outro com o leitor.