A paradoxo É uma construção lógica em que uma proposição aparentemente contraditória esconde a manifestação de uma dura verdade.
A função dos paradoxos é revelar algo que acontece no dia a dia a partir de duas ideias aparentemente opostas e que em algum momento se relacionam.
Geralmente são utilizados como ferramenta discursiva e gramatical, são muito funcionais em termos de lógica e discussão de ideias porque chegam a uma conclusão inesperada.
Em alguns casos, o paradoxo pode ser confundido com a antítese. A diferença entre os dois é que na antítese a intenção é traçar um plano de diferenciação entre os opostos: no paradoxo os opostos também têm uma relação significativa.
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Exemplos de paradoxos
- Se você quer paz prepare-se para a guerra. Ao longo da história, em muitas ocasiões os processos que buscavam a paz numa região tiveram que recorrer à estratégia de guerra.
- Qual foi o primeiro: o ovo ou a galinha? As condições fundamentais de origem mútua tornam impossível colocar um evento inicial na sequência do nascimento da galinha.
- Nem todos os números são expressões de quadrados de outros, mas não existem mais números do que números quadrados de outros. A infinidade de números significa que dentro deles aparecem subgrupos, que por sua vez são infinitos.
- O triunfo da democracia é que muitas pessoas vão votar, precisamente na situação em que cada voto é menos valioso.. À medida que aumentam os protagonistas da democracia, diminui a interferência individual de cada um.
- Não importa quão curta seja a distância, se você sempre cobrir metade do que precisa para completá-la, nunca a alcançará.. Outra caracterização do infinito, desta vez a partir das partições infinitas.
- Por que a água é mais barata que os diamantes, quando os humanos precisam de água e não de diamantes para sobreviver? A explicação do valor na teoria económica clássica coloca a origem do valor na utilidade subjectiva e não na necessidade objectiva.
- O que aconteceria se você voltasse no tempo e matasse seu avô? A possibilidade de viajar no tempo ao passado teria impactos no presente.
- Se pudéssemos viajar no tempo, já saberíamos. A possibilidade de viajar ao passado não leva em conta que o passado já foi vivenciado.
- Se o universo era povoado por civilizações mais avançadas que nós, por que elas não vieram? Muitas vezes o processo de localização dos demais habitantes do universo é pensado como algo que só pode ser feito da Terra aos demais planetas.
- A afirmação “Só sei contar mentiras” pode ser verdadeira? Os conjuntos de verdade e mentira colidem entre si, colocando a afirmação numa área cinzenta onde não é nenhuma das duas coisas.
- Aumentar os dados de uma estatística pode criar relacionamentos enganosos. De forma aparentemente contraditória, não é aconselhável fornecer todos os dados de uma variável porque pode ser encontrada uma relação que não o é.
- Se o braço de um homem for cortado, ele será um homem sem braço. Se seu pé for cortado, ele será um homem sem pé. Se a cabeça for cortada, o que é? Questionar a lógica com que a cabeça está associada à condição de humanidade.
- Dá azar ser supersticioso. Declarar oposição à crença em superstições pode ser feito de qualquer forma, exceto criando uma superstição baseada nisso.
- Como é que há bens que são mais consumidos quando o seu preço sobe? A economia enfrentou este paradoxo e observou que em alguns casos, como certos bens de luxo, uma parte do que é pago é motivada pelo seu valor exageradamente caro. Se sair mais, mais será comprado.
- Embora a poupança seja a fonte da prosperidade, ela o é na medida em que não é generalizada. A poupança generalizada produz uma contracção da economia, o que só trará problemas mesmo para quem poupou.
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