o asíndeton É uma figura literária que implica a omissão de conjunções ou ligações entre os elementos de uma frase. Por exemplo:
desmaiar, ousar, ficar furioso
áspero, terno, liberal, indescritível,
encorajado, mortal, falecido, vivo,
leal, traiçoeiro, covarde e corajoso.(Lope de Vega)
Esse recurso estilístico busca acelerar o ritmo das frases por meio da omissão voluntária e gera um efeito dramático que confere maior poder expressivo e fluidez ao que é dito.
Links e conjunções excluídos são substituídos por vírgula para causar uma pausa entre as palavras.
O assíndeto se opõe ao polissíndeto, aquela figura literária que apela ao uso de ligações e conjunções desnecessárias para fins estéticos.
Exemplos de frases com assíndeto
- Tínhamos tudo, pouco, nada.
- Eu a vi, sorri, calei, fugi.
- Passam-se horas, dias, meses, anos.
- cheguei, chegou; Eu olhei, olhei; Eu sorri, ele sorriu.
- Os meninos correm, brincam, brigam.
- Cante, ria, sonhe, venha comigo, acalme minha tristeza. (Peter Del Castillo)
- O céu, estrelado, iluminado, mas desolado.
- Linda, ingênua, alegre, mas distante.
- Eu me aproximo, você se afasta; Eu olho para você, você me ignora.
- Governo do povo, pelo povo, para o povo. (Abraham Lincoln)
- Te amo daqui até o sol, até o infinito, sempre.
- Amar, amar hasta morir.
- Na terra, na fumaça, na poeira, na sombra, no nada. (Luis de Gongora)
- Respiro, vivo, caminho, morro lentamente.
- Nosso líder, corajoso, forte, mas também inteligente.
- Você vai, eu venho; você esquece, eu lembro.
- Seus rostos iluminados, suados, esperançosos.
- Sua presença é paz, silêncio, tranquilidade; sua ausência, o vazio.
- Eu rio, ele ri; Eu amo, ele nada.
- Eu vim eu vi eu conquistei. Eu vim eu vi eu conquistei. (Julio Cesar)
- Amei, chorei, esqueci.
- As crianças choram, riem, dormem, sonham.
- Fuja, fuja, esqueça.
- Sua ausência dói, revela.
- Trabalhe, movimente-se, agite para comer! Bata aquela bomba, sue, se esforce para pegar o ar que você tem que respirar! […] Quão casta, quão misteriosa, quão cheia de doce modéstia é sempre a preguiça do homem! (Gustavo Adolfo Becquer)