25 Exemplos De Julgamentos Analíticos E Sintéticos

No campo da lógica, o julgamentos sintéticos e os julgamentos analíticos São dois tipos de proposições.

  • As proposições sintéticas são aquelas que acrescentam informações ao enunciado.
  • As proposições analíticas não acrescentam informações que não estejam contidas no próprio enunciado.

Uma das distinções mais importantes entre juízos é aquela descoberta por Immanuel Kant, que definiu em sua obra mais famosa, crítica da razão puraque estes podem ser analíticos ou sintéticos.

Enquanto os juízos analíticos, para Kant, são sempre primeirojulgamentos sintéticos devem necessariamente ser no rescaldo, pois dependem de qualquer experiência para poder incorporar informações. Ambos trabalham com proposições que possuem um sujeito e um predicado. Julgamentos sintéticos ou analíticos podem ser derivados das possíveis relações entre os dois.

julgamentos analíticos

Os juízos analíticos são aqueles que têm o conceito de predicado contido no sujeito, e nos quais há uma relação de pertencimento e identidade entre um e outro. Assim, nesse tipo de julgamento, o predicado sempre pertence ao sujeito, pois está contido em sua identidade, e não acrescenta novas informações.

Todos os juízos são a caracterização de um sujeito. No caso dos juízos analíticos, esse sujeito já possui algumas propriedades em si: quando o juízo destaca justamente uma delas, é que se trata de um juízo analítico.

Os juízos analíticos estão relacionados com os silogismos (dado que algo acontece para todo A, e que este particular também é A, verifica-se que este algo também acontece para este caso).

Exemplos de Julgamentos Analíticos

  1. “Todos os corpos são extensos.” Esta é a definição que Kant propõe quando introduz o conceito de juízo analítico. Como a extensão é uma propriedade dos corpos, o predicado “são estendidos” pode ser deduzido diretamente do sujeito “todos os corpos”.
  2. Um círculo é o que está dentro de uma circunferência.
  3. Sal é salgado.
  4. Toda segunda-feira é segunda-feira.
  5. . Solteiros não são casados.
  6. a cor preta é preta
  7. Terça-feira é um dia da semana.
  8. Todas as rosas vermelhas são vermelhas.
  9. O todo é maior do que as partes que ele contém.
  10. Os triângulos têm três lados.
  11. Um quadrado é formado por quatro lados iguais.
  12. Gelo é água em estado sólido.
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julgamentos sintéticos

Os juízos sintéticos são aqueles em que o sujeito não contém o predicado, nem têm qualquer relação eloquente. Diz-se então que nos juízos sintéticos o predicado contribui com algo que não está contido no sujeito.

Outra forma de definir juízos sintéticos é pensar naqueles que podem ser substituídos por sua versão afirmativa (adicionando a palavra ‘não’ antes do verbo ‘ser’), e nesse caso não caiam na incoerência.

Exemplos de sentenças sintéticas

  1. Todo corpo é pesado. Esse é o exemplo central que o próprio Kant expõe desse tipo de juízo.
  2. O mês de fevereiro é o mês das chuvas.
  3. A mesa é marrom.
  4. A soma dos quadrados dos lados é igual ao quadrado da hipotenusa em um ângulo reto.
  5. Nem todas as rosas são vermelhas.
  6. Meu irmão é o único vestindo uma camiseta cinza.
  7. Cachorros são animais que as pessoas costumam ter em casa.
  8. O presidente é o homem mais importante do país.
  9. As mãos são extremidades que podem sujar.
  10. A primavera é uma estação muito bonita.
  11. As empanadas desse lugar são deliciosas.
  12. Os truques deste mágico são cópias dos feitos por um mágico estrangeiro.

Tentativas a priori e a posteriori

Uma consideração adicional é aquela feita algum tempo depois por Popper, que sintetizou a divisão entre os dois tipos de julgamentos, e acrescentou um ponto: enquanto os julgamentos analíticos só podem ser analisados primeiro (ou seja, com a mera elaboração do juízo e o “filtro” pela razão), detectam-se juízos sintéticos no rescaldoisto é, em virtude da experiência.

Grande parte do debate em lógica ocorre em verificar se existem julgamentos sintéticos que também podem ser revelados a priori.

Antes de Popper, foi Kant quem propôs a ideia da existência de juízos sintéticos. primeiro. Estas podem ser dadas como condição do conhecimento sensível através das formas da sensibilidade, conforme explicado no crítica da razão purapublicado por Kant em 1781.

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Referências

  • Gamut, LTF, & Durán, C. (2002). Introdução à lógica. Buenos Aires, Argentina: Eudeba.
  • Kant, I. (1977). Crítica da razão pura. Porrúa.