10 Exemplos De Lendas De Terror


Uma lenda é uma narrativa de acontecimentos imaginários ou maravilhosos que transmite uma moral ou ensinamento sobre o mundo real, num sentido geralmente metafórico ou figurativo.

As lendas, assim como os mitos, eram transmitidas oralmente de geração em geração dentro de uma cidade. Essa transmissão oral permitiu que cada novo orador que contasse a história acrescentasse novos temperos que variassem a história. Com o tempo, essas histórias também foram transmitidas por escrito, mas com autor anônimo.

Apesar de contarem com fatos e personagens sobrenaturais, há quem acredite na veracidade das lendas. As histórias contadas geralmente acontecem em um tempo e lugar imprecisos, mas credíveis e possíveis, ou seja, não são mundos imaginários, mas cenários familiares para as pessoas que transmitiriam essa história.

As lendas costumam ser o reflexo da cultura popular de um povo, pois processam suas tradições, desejos, medos e crenças mais profundas.

Lendas de terror, principalmente, costumam ser contadas oralmente e utilizando recursos que geram intriga e mistério.

Índice de Conteúdos

Exemplos de lendas de terror

  1. A chorona. La llorona é uma personagem fantasmagórica cuja lenda vem da época colonial e tem variantes no mundo hispânico, adquirindo diversos nomes e características como Pucullén (Chile), Sayona (Venezuela) ou Tepesa (Panamá). Segundo a tradição oral, a llorona teria assassinado ou perdido seus filhos, e sua alma perdida vagueia pelo mundo em sua busca incansável. Ela é reconhecida pelo grito inconsolável e aterrorizante que anuncia seu aparecimento.
  2. O Silbon. A lenda do Silbón é nativa das planícies da Venezuela e também é caso de alma errante. Conta-se que um jovem, guiado por vários motivos, assassinou o próprio pai e foi amaldiçoado pelo avô a arrastar os ossos do pai num saco por toda a eternidade. É uma variante local do conhecido “bag man”, ao qual se atribui um apito característico (equivalente a fazer, re, mi, fa, sol, la, si). A tradição também explica que se você ouvir muito perto você sabe com certeza, porque o Silbón está longe; mas se você ouvir de longe, já o terá muito perto. O aparecimento do Silbón é um presságio de morte iminente.
  3. A mulher cervo. Mulher Veado ó Senhora dos cervos (mulher cervo, em inglês) é uma lenda norte-americana do oeste e noroeste do Pacífico, que tem como protagonista uma mulher capaz de se transformar em diversos animais selvagens. Na forma de uma velha, de uma jovem sedutora ou de um cervo, às vezes um híbrido entre um animal e um cervo, ela parece atrair e matar homens incautos. Diz-se também que vê-lo é sinal de uma mudança profunda na pessoa ou de uma transformação pessoal.
  4. Kuchisake-onna. Este nome em japonês significa literalmente “a mulher com a boca cortada” e pertence à mitologia local. Uma mulher assassinada e brutalmente mutilada pelo marido torna-se um espírito demoníaco ou Yōkai, para que ela possa retornar ao mundo para se vingar. Ela supostamente aparece para homens solitários e, após perguntar o que eles acham de sua beleza, os leva para o túmulo.
  5. Juancaballo. A lenda de Juancaballo lembra a dos centauros da Grécia Antiga. Esta história vem de Jaén (Espanha), onde se afirma que vivia nas proximidades da Serra Mágina uma criatura meio homem e meio cavalo. Dotado de enorme força, astúcia e maldade, Juancaballo era especialmente viciado em carne humana e gostava de caçar caminhantes solitários que emboscava e levava para sua caverna para serem devorados.
  6. Luzmala. Na Argentina e no Uruguai, o momento da noite em que o mundo dos espíritos e o mundo dos vivos se misturam é conhecido como Luzmala. Isso ocorre nas solidões do Pampa, onde um conjunto de luzes serpentinas revela a abertura do além, o que é considerado pelos moradores como um anúncio de calamidades vindouras.
  7. A lenda da ponte das almas. Proveniente de Málaga, na Andaluzia, esta lenda conta o aparecimento anual (no Dia de Finados) das almas perdidas que atravessavam a ponte da vila para se refugiarem no convento, arrastando correntes e carregando tochas. São acusados ​​de serem espíritos de soldados cristãos mortos em combate contra os mouros durante a Reconquista.
  8. O Ifrit. Esta antiga lenda árabe conta a história de uma criatura demoníaca que vive no subsolo, com forma semi-humana, mas capaz de assumir a forma de um cachorro ou de uma hiena. Supõe-se que seja uma criatura maligna, que engana os incautos, mas é invulnerável a todos os danos. Muitas das doenças e pragas da época foram atribuídas à sua influência maligna.
  9. Os familiares. Na América colonial, os “familiares” eram conhecidos como espíritos antropófagos que fervilhavam nos engenhos de açúcar, especialmente no noroeste da Argentina. Existem várias versões sobre eles e suas origens, mas quase todos concordam sobre a ganância por carne humana que os levou a rondar os quartéis à noite, perturbando cavalos e animais que pressentissem sua presença. Os patrões eram frequentemente acusados ​​de ter relações com parentes, sacrificando um trabalhador a cada ano ao apetite dos monstros em troca de lhes permitir prosperar nos seus negócios.
  10. O zumbi. Longe das representações atuais no cinema, o mito do zumbi vem do Haiti e do Caribe Africano, e remonta às tradições vodu das diversas tribos escravas capturadas pelos espanhóis. Os zumbis foram vítimas de um processo de feitiçaria vodu, capaz de arrebatar a energia vital de uma pessoa até a morte e depois reanimá-la, despojada de sua vontade, pronta para fazer tudo o que o padre ordenasse. Esta lenda motivou inúmeras versões cinematográficas e literárias.
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