Exemplos De Contos Com Começo E Fim


Los contos São contos ficcionais estruturados em três partes: começo, meio e fim. Por exemplo: Os Três Porquinhos, Chapeuzinho Vermelho ou A Bela e a Fera.

Este gênero literário se caracteriza por possuir um enredo simples e um número limitado de personagens. Esses personagens estão localizados desde o início da história em um local e tempo específicos e são eles que realizam a ação.
A narrativa tem como foco o protagonista, que deve superar provas, vencer obstáculos ou resolver problemas para atingir um objetivo. Para conseguir isso, ele conta com a ajuda de um ou mais personagens secundários.

As partes da história

  • Começar. São apresentados os personagens da história e a “normalidade” em que vivem. Nesta parte, o leitor conhece as particularidades de cada personagem, seus propósitos e os detalhes do ambiente em que vive. O autor dedica esta primeira parte a descrever a época em que a história se passa e fornece detalhes sobre o local. O início da história culmina com o aparecimento de uma ação que altera essa normalidade. Nesta parte da obra são respondidas as seguintes questões: Quem são os personagens? Onde acontece a história lugar? Quando a ação ocorre?
  • Nu. Surge o problema ou conflito que “rompe” com a normalidade apresentada no início. O protagonista será quem deverá superar ou resolver esse conflito, que é o gatilho da trama. O nó ou “desenvolvimento” é de vital importância, pois é onde se define o ritmo da narrativa e ocorre o ponto de tensão máxima.
  • Resultado. O conflito é resolvido e os elementos da história são reorganizados. Os personagens voltam à “normalidade”, o que pode ou não ser equivalente ao apresentado no início da história. O final da história pode ser aberto ou fechado, feliz ou triste.

Exemplos de contos com começo, meio e fim

  1. O PATINHO FEIO

Começar:

Como todos os anos, Dona Pata dedicava os verões na fazenda à reflexão. Ao longo da temporada, seus companheiros de pena, além de entretê-la para que ela não se estressasse, esperaram ansiosamente que os patinhos saíssem daquelas cascas brilhantes. Por que tanta expectativa? Dona Pata sempre teve os patinhos mais lindos da região. Eles presumiram que este verão não seria exceção.

Finalmente chegou o tão esperado dia: os ovos começaram a quebrar um a um e pequenas cabeças amarelas surgiram deles. As patas, animadas, começaram a chegar ao curral de Dona Pata. Ninguém queria perder aquele momento.

No total, Dona Pata chocou sete ovos. Um deles demorou mais que os outros para quebrar, embora ninguém tenha notado. Todas as pernas foram hipnotizadas por aquelas pequenas aves que pacientemente arrancavam as cascas que as cobriam.

Nu:

Depois de um tempo, e quando a calma voltou, o sétimo ovo, que era o maior de todos, começou a rachar. Desta vez, os rostos das patas, atentos ao fenómeno tardio, não reflectiram sorrisos mas sim surpresa. Alguns até se esqueceram de piscar por muito tempo.

O patinho, que com alegria e movimentos desajeitados saiu da casca, não só era maior que os irmãos mais novos, mas também se destacava por ser muito mais comprido, mais magro e mais feio.

Dona Pata não só ficou surpresa com a aparência do filho, mas sua vergonha foi tanta que o separou do resto dos patinhos com suas asas. Ela não queria que a atenção dos amigos se concentrasse na feiúra do sétimo patinho, mas na beleza do resto.

O Patinho Feio, após tentar entrar no grupo e ser rejeitado, ficou triste, mas manteve a esperança de que, com o passar dos dias, sua mãe e seus irmãos o aceitariam como membro da família. Mas não foi assim. Os dias foram passando e a indiferença aumentou, assim como a sua feiúra. Isso fez com que o resto dos animais da fazenda zombassem de sua aparência.

Certa manhã, cansado dos abusos, o Patinho Feio pegou suas coisas e, silenciosamente, para não acordar ninguém, saiu da fazenda.
Ele caminhou, caminhou e caminhou. Ele decidiu encontrar amigos que não se concentrassem em sua aparência, mas em seu coração. Depois de caminhar vários dias, finalmente chegou a outra fazenda, onde um velho de boina vermelha e sorriso de orelha a orelha o pegou e o levou até a cozinha da casa que ficava no final do local. O Patinho Feio pulava de alegria: finalmente alguém o amava.

Passaram-se apenas alguns minutos até que o Patinho Feio descobriu que o homem tinha em mente fazer um ensopado e que ele era o ingrediente principal! Assim que se distraiu em busca de um pote, o Patinho Feio fugiu pela janela e iniciou uma nova caminhada. Os meses se passaram e o menino aprendeu a se defender sozinho.

Resultado:

O Patinho Feio caminhou tanto que já era primavera novamente. Numa manhã quente daquela estação em que nasceu, ele ouviu alguns cisnes se divertindo em um lago cristalino. A temperatura era tanta que ele tomou coragem, apressou o passo para se aproximar deles e perguntou, timidamente, se poderia tomar banho com eles.

Surpreso, um dos cisnes respondeu:
– Como pode um de nós não poder desfrutar destas águas cristalinas?
Os olhos do Patinho Feio se encheram de lágrimas e com a voz quase quebrada ele respondeu:
– Por que eles estão zombando de mim? Não tenho culpa de ser um pato feio e desajeitado, em vez de um lindo cisne como você.
Mais uma vez, o mesmo cisne interrompeu seu banho para responder:
– Não estamos zombando de você. Olhe-se no reflexo da água. Você é um de nós.

Seguindo o conselho do lindo cisne, o Patinho Feio olhou para o lago. Ao ver seu reflexo na superfície, não acreditou na imagem que a água lhe devolveu.

Ele não era mais aquele patinho horrível que teve que abandonar a família, mas um lindo e elegante cisne.
Talvez o mais lindo que já vi.

  1. CACHINHOS DOURADOS

Começar:

Era uma vez uma linda garota de cabelos dourados, que todos conheciam como Cachinhos Dourados. A menina tinha o hábito de acordar cedo, tomar café da manhã e aproveitar as primeiras horas de sol para colher as mais lindas flores da floresta.

Nu:

Certa manhã, o pequeno Cachinhos Dourados se distraiu, andou muito e se perdeu. Depois de um tempo ele percebeu que estava perdido e, quando quase não tinha mais energia para chorar, encontrou uma pequena cabana.
Quando ele avançou com o punho para bater na porta, percebeu que ela estava aberta. Com delicadeza, ele abriu e, depois de dizer “olá” diversas vezes sem receber resposta, ousou entrar.

Assim que pôs os pés dentro da cabana, viu que havia três tigelas servidas sobre a mesa: uma grande, uma média e uma pequena. Cachinhos Dourados estava com tanta fome que não hesitou, sentou-se e bebeu o conteúdo da tigela maior. Como estava quente demais para o seu paladar, ele largou e experimentou a tigela média, que parecia muito fria. A terceira tigela, que era a menor, estava na temperatura ideal. Em apenas alguns segundos, ele esvaziou a tigela.

Ao colocar a colher sobre a mesa, o cansaço tomou conta dela e ela decidiu descansar em uma das três cadeiras de balanço da sala. Ele sentou-se no maior, mas era muito desconfortável: seus pés não tocavam o chão. Ele mudou-se para a cadeira de tamanho médio, mas era muito larga, então optou por sentar-se na menor. Mesmo que ele mal tenha feito isso, quebrou em mil pedaços.

Cachinhos Dourados, irritada mas cansada, levantou-se do chão e foi até um quarto, onde encontrou três camas, de três tamanhos diferentes. Ela ficou tentada pelo maior, mas assim que se deitou desistiu: o colchão era duro demais para o seu gosto. A segunda cama, de tamanho médio, tinha o problema oposto: era mole demais.

Finalmente, deitou-se na terceira cama: a menor e mais macia de todas. Poucos minutos se passaram e a jovem adormeceu completamente. Horas depois, os três ursos que moravam na cabana voltaram de uma longa caminhada: Mamãe Ursa, Papai Urso e Bebê Urso. Exaustos e com o estômago vazio, sentaram-se à mesa para saborear a sopa que haviam deixado esfriar antes de partir.

“Alguém provou minha sopa!” disse Papai Urso assim que viu a colher suja na lateral da tigela. A mãe respondeu: “Alguém também provou minha sopa!” Enquanto o Bebê Urso respondia: “Alguém comeu toda a minha sopa!” Perplexa, a família decidiu sentar-se nas cadeiras para descansar. Assim que viu a sua, Papai Urso viu que a almofada estava um pouco torta, então gritou: “Alguém sentou na minha cadeira!”, ao que a mãe, ao ver a almofada dele no chão, respondeu: “Alguém Ele sentei na minha cadeira também!” Baby Bear, que já estava triste com o incidente da sopa, disse entre lágrimas: “Alguém quebrou minha cadeira!”
Indignados, os três ursos decidiram tirar uma soneca e deixar o que havia acontecido para trás. Mas quando chegaram ao quarto, mais uma vez, o pai percebeu que algo não estava no lugar. “Alguém dormiu na minha cama!” ele disse furiosamente. Imediatamente, Mamãe Ursa olhou para sua cama e respondeu: “Alguém dormiu na minha cama também!” O Bebê Urso se aproximou de sua cama e, com os olhos mais arregalados do que de costume, gritou: “Alguém está dormindo na minha cama!”

Resultado:

No meio da gritaria, Cachinhos Dourados acordou assustado e viu que três ursos olhavam para ela de forma estranha. A menina ficou tão assustada que se jogou pela janela que ficava logo acima da cama em que dormia e começou a correr. Quando ela percebeu isso, ela estava na estrada que a levava para casa.

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