o violência psicológica É uma das formas de abuso que pode ocorrer no casal, na família ou no ambiente de trabalho ou educacional. A violência psicológica pode ser uma conduta ativa ou passiva, de descrédito, submissão e desprezo para com outra pessoa. A violência psicológica não é uma situação pontual e isolada, mas um comportamento sustentado ao longo do tempo. Por exemplo: ameaças, humilhações, insultos.
Geralmente se aprofunda com o tempo. Além disso, seus danos à vítima se intensificam, causando efeitos psicológicos que a impedem de se defender ou mesmo identificar o problema. Quem o exerce pode não estar consciente dos danos que causa, pois muitas formas de abuso são social ou culturalmente legitimadas.
A violência psicológica pode assumir formas sutis não percebidas pela vítima, mas com o tempo garantem o controle do comportamento da vítima por meio do medo, dependência e coerção.
Em alguns casos, pode ocorrer junto com outras formas de abuso, como violência física ou sexual.
Suas consequências são a deterioração da auto-estima e da independência, aumento do estresse e pode até desencadear patologias psicossomáticas. Também pode levar ao desenvolvimento de personalidades viciantes, psicóticas ou violentas.
Por exemplo, a violência psicológica contra crianças pode fazer com que a criança seja abusiva também quando adulta. No local de trabalho, a produtividade e o uso de capacidades diminuem e o desconforto aumenta.
Os exemplos dados a seguir podem ser dados individualmente ou isoladamente sem que haja um vínculo caracterizado por violência psicológica. Nos casos de violência psicológica, um ou mais dos exemplos ocorrem sistematicamente durante um longo período de tempo.
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Exemplos de violência psicológica
- Ameaça. Eles geram medo na vítima e restringem suas ações. Quando a ameaça é prejudicial, é punível por lei. No entanto, as ameaças também podem ser de abandono ou infidelidade.
- Chantagem. É uma forma de controle através da culpa ou do medo.
- Humilhação. Denegrir perante terceiros (amigos, colegas de trabalho, familiares) ou em privado.
- monopolizar a tomada de decisão. Existem relacionamentos em que as decisões são compartilhadas (amizade, companheiro, etc.), porém, quando há uma situação de violência, uma das pessoas toma todas as decisões. Isso se estende à administração do dinheiro, à maneira como o tempo livre é usado e você pode até tomar decisões sobre a vida da outra pessoa.
- Ao controle. Embora existam relacionamentos em que o controle é saudável (por exemplo, controle de pais para filhos), ele se torna uma prática violenta quando é excessivo. Existem outras relações, por exemplo de casal ou de amizade, nas quais o controle não é justificável. Por exemplo, verificando mensagens privadas ou ouvindo conversas telefônicas.
- Insultos. Os insultos podem fazer parte das formas de humilhação.
- Comparações desqualificantes. A comparação permanente com outros funcionários (no ambiente de trabalho), pessoas do mesmo sexo (no âmbito do casal) ou irmãos (no âmbito familiar) para apontar deficiências ou defeitos em uma pessoa é uma forma de abuso.
- Gritos. As discussões são comuns em qualquer tipo de relacionamento cotidiano. No entanto, transformar as discussões em gritos é uma forma de violência.
- controle de imagem. Embora todos tenhamos opiniões sobre a imagem dos outros, isso não significa que o outro deva seguir a nossa posição. O controle da imagem do outro se dá por meio de humilhações, chantagens e/ou ameaças.
- Provocando. Provocar pode ser uma boa maneira de se relacionar quando há confiança. No entanto, a zombaria constante que visa a desqualificação e denegrimento do outro é um dos elementos da violência psicológica.
- Moralização. As ações e pensamentos do outro são sempre julgados a partir de uma suposta superioridade moral. Está associado a chantagem e humilhação.
- Crítica. Todos nós podemos ter opiniões negativas sobre alguma ação ou pensamento do outro. No entanto, a crítica repetida e constante ao outro pode ser um dos elementos que constroem comportamentos de violência psicológica. As críticas que visam denegrir nunca têm uma forma construtiva, que estimula o crescimento do outro, mas destrutiva, que ataca diretamente a auto-estima.
- Negar as percepções ou sentimentos de outra pessoa. Desqualificar os sentimentos de alguém (tristeza, solidão, alegria) de forma sistemática causa incapacidade de se expressar e até desconfiança no próprio julgamento.
- Indiferença. Seja no âmbito do casal, no trabalho ou na família, ficar indiferente ao outro (aos problemas dos filhos, à presença do companheiro, às conquistas dos alunos ou ao trabalho dos empregados) é uma forma de de maus-tratos. Este é um comportamento passivo que, no entanto, é uma forma de violência psicológica quando se mantém ao longo do tempo.
- assédio psicológico. É uma forma deliberada de violência psicológica que visa destruir a auto-estima da vítima. Os exemplos citados de violência psicológica são utilizados como parte de uma estratégia com o objetivo de gerar intenso desconforto e angústia. O assédio moral é praticado com a cumplicidade do grupo, como colaboradores ou testemunhas passivas. O assédio pode ser vertical, quando o assediador exerce algum tipo de poder sobre a vítima. São casos de violência psicológica no trabalho, chamados de mobbing. Ou o assédio pode ser horizontal, entre pessoas que em princípio são consideradas iguais. Por exemplo, o bullying entre os alunos.