10 Exemplos De Monólogo Sobre a Vida

E monólogo sobre a vida É um discurso em que um único participante reflete ou fala consigo mesmo sobre sua própria existência ou sobre a do ser humano.

O monólogo é protagonizado por uma única pessoa ou por um único personagem que, por meio de depoimentos, perguntas e respostas, pondera ou medita sobre a condição das pessoas, a razão de ser da espécie humana, o cotidiano, seus pensamentos, seus sentimentos ou história.

Os monólogos geralmente são encontrados em textos dramáticos, poéticos e narrativos e, graças a eles, leitores e espectadores podem conhecer as características psicológicas dos personagens.

Existem três tipos de monólogos:

  • Monólogo dramático o soliloquio. É uma peça completa ou parte dela em que um personagem fala consigo mesmo sobre seus pensamentos e sentimentos. É representado por um único ator.
  • monólogo cômico. É uma fala enunciada por um comediante para refletir com humor sobre um ou mais temas, que geralmente estão ligados a diferentes aspectos da vida, como o cotidiano.
  • Monólogo interior ou fluxo de consciência. É a narração, geralmente, na primeira pessoa dos pensamentos de um personagem de um romance ou de uma história. É usado para representar sentimentos, pensamentos e percepções conforme ocorrem na mente de um personagem, portanto, a sintaxe pode ser alterada e a conexão de ideias nem sempre é lógica ou coerente.
  • Pode te ajudar: Monólogo sobre amizade

Exemplos de monólogo sobre a vida

  1. Fragmento de A vida é um sonho por Pedro Calderón de la Barca. O personagem reflete sobre sua existência e sobre a ilusão e o devaneio da vida.

SEGISMUND: É verdade; então vamos reprimir
esta condição feroz,
esta fúria, esta ambição
caso algum dia sonhemos
E sim, nós vamos, bem, nós somos
em um mundo tão estranho,
que viver é apenas sonhar;
e a experiência me ensina
que o homem que vive sonha
o que é até acordar.
O rei sonha que é rei e vive
com este engano comandando,
dispor e governar;
e este aplauso que você recebe
emprestado, ao vento escreve,
e o transforma em cinzas
morte (forte infortúnio!);
que há quem tente reinar,
vendo que ele tem que acordar
no sono da morte!
O homem rico sonha com sua riqueza
que mais cuidado lhe oferece;
o pobre homem que sofre sonhos
sua miséria e sua pobreza;
sonha aquele que começa a prosperar,
sonha aquele que se esforça e finge,
sonha aquele que ofende e ofende;
e no mundo, em conclusão;
todos sonham o que são,
embora ninguém o entenda.
eu sonho que estou aqui
dessas prisões carregadas,
e sonhei que em outro estado
Eu me vi mais lisonjeiro.
O que é a vida? Um frenesi.
O que é a vida? Uma ilusão,
uma sombra, uma ficção,
e o maior bem é pequeno;
que toda a vida é um sonho,
e sonhos, sonhos são.

  1. Trecho de “A marca na parede” por Virgínia Woolf. O personagem reflete sobre a existência e o conhecimento da vida.

Mas, em termos de marca, não tenho certeza. Afinal, não acho que foi uma marca deixada por um prego; era muito grande, muito arredondado. Eu poderia ter me levantado, mas se me levantasse e olhasse para ela, havia dez chances contra uma que eu não teria certeza; porque quando você faz uma coisa, você nunca sabe como aconteceu. Oh sim, o mistério da vida, a imprecisão do pensamento… A ignorância da humanidade… Para mostrar quão pouco controle temos sobre nossas posses — quão acidental é nossa vida, depois de tanta civilização — deixe-me enumerar algumas coisas entre todas as que perdemos ao longo da vida, a começar pela perda que sempre me pareceu a mais misteriosa de todas: que gato mastiga ou que rato roe, três caixotes azul-claros de ferramentas de encadernação? Depois vieram as caixas das gaiolas de pássaros, os aros de ferro, os patins de metal, o recipiente de carvão estilo Queen Anne, a tábua de ninharias, o realejo… tudo isso desapareceu, e também as joias.

  1. Fragmento de Hamlet, Príncipe da Dinamarca por Willian Shakespeare. O personagem reflete sobre a vida, a morte, a razão, a vingança, a consciência e a existência do ser humano.

HAMLET: Ser ou não ser, eis a questão. Qual ação é mais digna da alma, sofrer os tiros penetrantes da fortuna injusta, ou opor as armas a esta torrente de calamidades, e acabar com elas com resistência ousada? Morrer é dormir. Não mais? E por um sonho, digamos, cessaram as aflições e as dores sem número, patrimônio de nossa débil natureza?… Este é um termo que deveríamos pedir ansiosamente. Morrer é dormir… e talvez sonhar. Sim, e veja aqui o grande obstáculo, porque considerar que sonhos poderiam ocorrer no silêncio da sepultura, quando abandonamos esses despojos mortais, é um motivo muito poderoso para nos deter. Essa é a consideração que torna nossa infelicidade tão longa. Quem, se não fosse isso, suportaria a lentidão dos tribunais, a insolência dos empregados, os ultrajes que acolhem pacificamente o mérito dos homens mais indignos, a angústia de um amor mal pago, as injúrias e danos da idade , a violência dos tiranos, o desprezo dos orgulhosos? Quando aquele que sofre isso pode buscar sua quietude apenas com uma adaga. Quem poderia tolerar tanta opressão, suando, gemendo sob o peso de uma vida atribulada, se não fosse o medo de que haja algo além da Morte (esse país desconhecido de cujos limites nenhum andarilho volta) nos infunde em dúvidas e nos faz sofrer os males que nos cercam; em vez de ir à procura de outros dos quais não temos conhecimento certo? Esta presciência torna-nos a todos covardes, por isso a tintura natural do valor é enfraquecida pelos pálidos vernizes da prudência, as empresas mais importantes para esta única consideração mudam de rumo, não se executam e se reduzem a vãos desígnios.

  1. Fragmento de A paixão segundo GH por Clarice Lispector. O personagem reflete sobre a vida, a existência, a realidade e a narrativa.

Ontem, porém, perdi minha montaria humana por horas e horas. Se eu tivesse coragem, me deixaria ficar perdido. Mas tenho medo do novo e tenho medo de viver o que não entendo; Quero sempre ter a garantia de ao menos pensar que entendo, não sei me entregar à desorientação. Como explicar que meu maior medo está justamente relacionado ao ser? E, no entanto, é o único caminho. Como se explica que meu maior medo é justamente o de passar pelo que acontece? Como se explica que não suporto ver, só porque a vida não é o que pensei, mas outra, como se antes soubesse o que era! Por que a visão produz tal desorganização?

(…) Quero saber o que, perdendo, ganhei. Por enquanto não sei: só me revivendo é que vou viver.

Mas como me reviver? Se eu não tiver uma palavra natural para dizer. Terei que fabricar a palavra como se o que me aconteceu fosse criar?

Eu vou criar o que aconteceu comigo. Só porque viver não pode ser narrado. Viver não é habitável. Terei que criar sobre a vida. E sem mentir. Criar sim, mentir não. Criar não é imaginação, é correr o grande risco de acessar a realidade. A compreensão é uma criação, meu único caminho. Terei que me esforçar para traduzir sinais telegráficos, traduzir o desconhecido para uma língua que não conheço, e sem ao menos entender para que servem os sinais. Falarei nessa linguagem sonâmbula que, se eu estivesse acordado, não seria linguagem.

  1. Fragmento de Esperando a Godot por Samuel Beckett. A personagem busca mostrar a impossibilidade de definir o que são vida e existência.

LUCKY: Dada a existência, como demonstram as recentes obras públicas de Poinçon e Wattmann, de um Deus pessoal quacuacuacuacuacuacuacuacuacuacuacuacuacuacua de barba branca fora do espaço-tempo que do alto de sua divina apatia sua divina atambía sua divina afasia nos ama muito com alguns exceções…

…você não sabe porque mas que virá e sofrerá tanto quanto a divina Miranda com aqueles que são você não sabe porque mas você tem tempo em tormento nos fogos cujos fogos te chamam assim que duram um pouco mais e quem pode duvidar que por fim atearão fogo às traves, ou seja, trarão o inferno às nuvens que às vezes são tão azuis ainda hoje e calmas, tão calmas com uma tranquilidade que, não por ser intermitente, é menos bem-vinda, mas não nos antecipemos e considerando, por outro lado, que como consequência das investigações inacabadas, não nos deixaremos antecipar as buscas inacabadas mas ainda assim coroadas pela Academia de Antropopopometria de Berna em Bresse de Testu e Conard foi estabelecida sem outra possibilidade de erro senão aquele referente a cálculos humanos que como consequência das investigações inacabadas inacabadas de Testu e Conard ficou estabelecido estabelecido estabelecido o que…

… segue que segue que segue saber mas não vamos antecipar não se sabe porque como consequência das obras de Poinçon e Wattmann é tão claro tão claro que em vista das obras de Fartov e Belcher inacabado inacabado é não se sabe por que de Testu e de Conard inacabado inacabado verifica-se que o homem ao contrário da opinião contrária que o homem em Bresse de Tus e Conard que o homem resumindo em uma palavra que o homem em uma palavra resumindo apesar do progresso de alimentação e eliminação de resíduos está prestes a emagrecer e ao mesmo tempo não se sabe porque apesar do impulso da cultura física da prática de esportes como tênis futebol corrida e caminhada e ciclismo natação equitação aviação conation tênis remo patinação e sobre…