10 Exemplos De Doublet E Triplet

o gibão e ele trigêmeo São dispositivos literários que utilizam um par ou um grupo de palavras ou frases, sinônimos ou opostos, unidos por uma conjunção em vez de usar um único termo. Por exemplo: “de pão e vinho” / “uma noite cheia de perfumes, murmúrios e música de asas”.

Duplas e tercinas são utilizadas tanto em prosa quanto em versos livres, pois, na ausência de rima, conferem sonoridade, simetria e musicalidade. É por esta razão que eles são freqüentemente encontrados em textos literários.

Além disso, são procedimentos estilísticos comuns na tradução, nos casos em que o equivalente de uma expressão não pode ser encontrado em uma única palavra na língua traduzida.

Tipos de dubleto e tripleto

Existem diferentes tipos de dupletos e trigêmeos:

  • Doblete o triplete sinonímico o geminação. Quando se trata de duas ou três palavras com sinonímia, seja por pleonasmo ou intensificação. Por exemplo: Maria veio, Maria chegou. Também é frequentemente usado para se referir a duas pessoas de diferentes níveis culturais (orador popular e orador educado). Por exemplo: triste e flutuosa (que significam a mesma coisa, mas o segundo termo está em latim).
  • Doblete o triplete antitético. Quando se trata de duas ou três palavras que se opõem de alguma forma. Por exemplo: Moros e cristianos.

exemplos de dublete

  1. E eu irei. e eles vão ficar os pássaros
    cantando;
    e meu jardim permanecerá, com sua árvore verde,
    e com seu poço branco.

    Todas as tardes, o céu estará azul e plácido;
    e eles vão jogar, como eles estão jogando esta tarde,
    os sinos da torre sineira.

    Aqueles que me amaram morrerão;
    e a cidade se renovará a cada ano;
    e naquele cantinho do meu jardim florido e caiado,
    meu espírito errará nostálgico…

    E eu irei; e estarei sozinho, sem casa, sem árvore
    verde, sem poço branco,
    sem céu azul e plácido…
    E os pássaros ficarão, cantando.
    (Juan Ramón Jiménez – “A viagem definitiva”)

  1. De seus olhos tão fortemente chorando,
    Ele virou a cabeça e estava provando-os.
    Ele viu portas abertas e persianas sem cadeados,
    poleiros vazios, sem peles e sem capas ,
    Y sem falcões e sem açores de muda.
    Meu Cid suspirou, pois tinha muito cuidado.
    Meu Cid falou bem e assim mediu:
    (Canção de Mío Cid)
  1. É o amor. eu terei o que esconder ou o que fugir.
    As paredes de sua prisão crescem, como em um sonho atroz.
    A bela máscara mudou, mas como sempre é a única (…).
    Estar contigo o no estar contigo é a medida do meu tempo.
    Agora o jarro quebra na fonte, agora o homem
    levanta-se à voz do pássaro, quem olha pelas janelas já escureceu, mas a sombra não trouxe a paz.
    É, eu sei, amor: ansiedade e alívio Para ouvir sua voz, espera e memória o horror de viver no futuro.
    (Jorge Luis Borges – “Os Ameaçados”)
  1. Mas quem estava certo? Quem tem o motivo? Quem estava errado? perguntei desorientado.
    Todo mundo tinha suas razões, todo mundo estava errado.
    (Umberto Eco – o nome da rosa)
  1. entre o que eu vejo e eu digo ,
    entre o que digo e calo ,
    entre o que cale a boca e durma ,
    entre o que dormir e esquecer
    A poesia.
    Se desliza entre o sim e o não :
    dados
    o que calo,
    calla
    o que digo,
    parece
    o que eu esqueço
    Não é um ditado:
    é um fazer.
    é um fazer
    o que é um ditado (…).
    (Octávio Paz – “Diga, faça”)
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exemplos de trigêmeos

  1. Uma noite,
    uma noite toda cheia de perfumes, murmúrios e música de asas,
    uma noite,
    em que os fantásticos pirilampos ardiam na úmida sombra nupcial,
    ao meu lado, lentamente, contra mim apertado, tudo, mudo e pálido
    como se um pressentimento de amargura infinita
    até a profundidade mais secreta de suas fibras irá agitá-lo (…)
    (José Asunción Silva – “Nocturno”)
  1. com a tarde
    as duas ou três cores do pátio cansaram.
    Hoje à noite, a lua, o círculo claro,
    Não domina o seu espaço.
    Pátio, céu canalizado.
    O quintal é o declínio
    pelo qual o céu é derramado na casa.
    Serena,
    a eternidade espera na encruzilhada das estrelas.
    É bom viver no escuro amizade
    de um salão, uma vinha e uma cisterna.
    (Jorge Luís Borges)
  1. caminhos estreitos
    atravessou
    pedras enormes
    saltou
    calor, frio e chuva
    capeados
    e solidão
    vencida

    todo
    valeu a pena
    para chegar até você.
    (Koldo Fierro)

  1. Aberto em mil feridas, a cada instante,
    qual minha testa,
    suas ondas vão, como meus pensamentos,
    e eles vêm, eles vêm e eles vêm ,
    beijos, despedidas,
    num encontro eterno,
    mar e desconhecido.
    (Juan Ramón Jiménez)
  1. Seu começo, meio e fim é este:
    Por que então, Alcino, você sente o desvio
    da Célia, que outra vez te amou bem?
    Que razão existe para que a dor lhe custe?
    Bem, o amor não te enganou, meu Alcino,
    mas o termo preciso chegou.
    (Sor Juana Inés de la Cruz – “O amor começa com a inquietação”)