Los contos fantásticos são um tipo de conto que propõe universos ficcionais cujas leis de funcionamento diferem da realidade. Apresentam personagens do cotidiano que se encontram diante do inexplicável e longe da lógica. Por exemplo: “O Aleph” de Jorge Luis Borges.
Em geral, um conto fantástico é considerado baseado em algum evento ou elemento extraordinário que não existe no mundo real. Seu imaginário é composto por:
- Fantasmas e aparições
- Magia
- Criaturas imaginárias (demônios, vampiros, silfos)
- Deuses
- Forças sobrenaturais
- Transformações ou desaparecimentos
- Alterações de tempo e espaço
Os contos fantásticos cativam leitores de todas as idades, despertando a imaginação e permitindo que mergulhemos em universos paralelos repletos de maravilhas e desafios. Essas histórias nos convidam a explorar o desconhecido e acreditar na magia.
O que são contos fantásticos?
Os contos fantásticos são gêneros literários que se destacam por apresentar elementos extraordinários e sobrenaturais em suas tramas. Eles transcendem as limitações da realidade, transportando os leitores para cenários imaginários onde tudo é possível.
Conto fantástico
O conto fantástico é um gênero literário que se caracteriza pela presença de elementos sobrenaturais, mágicos ou fantásticos em um ambiente realista. Nesse tipo de narrativa, o leitor é transportado para um universo onde o impossível se torna possível, desafiando as leis da natureza e da lógica.
Os contos fantásticos muitas vezes exploram temas como o desconhecido, o sobrenatural, o surreal e o inexplicável, criando uma atmosfera de mistério e suspense. Os personagens geralmente se deparam com situações extraordinárias que desafiam sua compreensão do mundo e os levam a questionar a realidade ao seu redor.
Um dos principais objetivos do conto fantástico é provocar no leitor uma sensação de estranhamento e incerteza, fazendo-o questionar o que é real e o que é imaginário. Essa ambiguidade entre o real e o fantástico cria uma tensão narrativa que mantém o leitor envolvido e curioso até o desfecho da história.
Alguns dos elementos recorrentes nos contos fantásticos são a presença de seres sobrenaturais, eventos inexplicáveis, objetos mágicos e ambientes fantásticos, que contribuem para a construção de um mundo ficcional único e intrigante. Esses elementos são utilizados pelos autores para explorar questões existenciais, morais e filosóficas, proporcionando reflexões profundas sobre a natureza da realidade e da condição humana.
Os contos fantásticos têm o poder de transportar o leitor para universos imaginários e surpreendentes, despertando sua imaginação e alimentando sua sede por histórias que desafiam os limites da realidade. Com tramas envolventes e desfechos surpreendentes, essas narrativas fascinam e intrigam, convidando o leitor a explorar novos horizontes e a questionar sua própria percepção do mundo.
Texto fantástico exemplos
Um dos exemplos mais clássicos de conto fantástico é “A Metamorfose”, escrito por Franz Kafka. Nesta obra, o protagonista acorda transformado em um inseto, explorando questões existenciais e surreais de forma magistral.
“O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson, é um conto que explora a dualidade da natureza humana de forma intrigante. A história do respeitável Dr. Jekyll e seu lado obscuro, Mr. Hyde, é um clássico do gênero fantástico.
Outro exemplo marcante é “A Casa Tomada”, de Julio Cortázar, que mistura elementos do fantástico com o cotidiano para criar uma atmosfera de suspense. A narrativa envolvente e misteriosa conquista os leitores desde o início.
“A Máscara da Morte Rubra”, de Edgar Allan Poe, é um conto que mescla terror e fantasia de forma brilhante. A ambientação sombria e a trama envolvente tornam esta obra um clássico do gênero.
Características dos contos fantásticos
Elementos sobrenaturais
Os contos fantásticos são caracterizados pela presença de elementos sobrenaturais, como magia, criaturas míticas, poderes extraordinários e fenômenos inexplicáveis. Esses elementos adicionam uma camada de mistério e encanto à história, despertando o interesse dos leitores.
Ambientes imaginários
Outra característica marcante dos contos fantásticos são os ambientes imaginários. Esses locais são cuidadosamente construídos pelo autor, com detalhes descritivos que transportam o leitor para um mundo completamente diferente do nosso. Pode ser um reino encantado, uma terra distante ou até mesmo uma realidade paralela.
Personagens extraordinários
Os contos fantásticos apresentam personagens extraordinários, dotados de habilidades especiais ou características únicas. Podem ser bruxos, heróis, fadas, dragões ou seres mitológicos. Esses personagens cativam os leitores e desempenham um papel fundamental na trama, enfrentando desafios e superando obstáculos.
O conto fantástico nasceu entre os séculos XVIII e XIX, no mesmo terreno da especulação filosófica, e atingiu seu auge entre 1880 e 1914. É fruto de uma herança romântica.
Suas qualidades mais características são:
- Lote narrativo. O conto fantástico introduz uma situação quotidiana em que ocorre um acontecimento inexplicável ou sobrenatural.
- Elemento sobrenatural. O estranho elemento penetra subitamente na trama narrativa de um mundo normal. Geralmente assume a forma de imagens sensoriais.
- Vacilação. Neste universo fantástico, existe uma incerteza e um sentimento de estranheza que são provocados pelo contraste entre a situação quotidiana e o que não se enquadra na normalidade.
- Leitor cómodo. É necessária uma participação empenhada da audiência para que esta entre na lógica do conto fantástico.
- O fantástico não o maravilhoso. Segundo Tzvetan Todorov, o género fantástico não deve ser confundido com o maravilhoso, pois este último pressupõe a aceitação do implausível e do inexplicável.
A importância dos contos fantásticos
Os contos fantásticos desempenham um papel importante na literatura, pois despertam a imaginação, incentivam a criatividade e oferecem uma fuga do mundo real. Essas histórias nos transportam para universos extraordinários, nos fazendo refletir sobre questões profundas e nos envolvendo emocionalmente com os personagens.
Como escrever um conto fantástico
Se você deseja escrever um conto fantástico, comece por criar um mundo rico em detalhes, com regras próprias e personagens cativantes. Utilize elementos sobrenaturais e explore a jornada do herói em um ambiente imaginário. Lembre-se de desenvolver uma trama envolvente e surpreendente, com desafios e reviravoltas que mantenham os leitores ansiosos por mais.
A solução do conflito ocorre na articulação entre o misterioso e o racional. Nesse gênero, a saída é ambígua e consiste em deixar o mistério permanecer envolto por um halo de indefinição, como que para impedir o leitor de decidir se o inusitado acontecimento tem causa sobrenatural ou se é indício de loucura. ou onirismo de Seus protagonistas.
O termo “fantástico” vem do latim fantástico que significa “imaginário, irreal”, e isso do grego φαντασία que significa “aparência, espetáculo, imagem”. Esta palavra define a hesitação experimentada por uma pessoa que só conhece as leis naturais e que se depara com um acontecimento sobrenatural.
A tensão conflituosa entre o possível e o impossível dentro do conto fantástico o distingue de outras categorias semelhantes como o maravilhoso e a ficção científica, em cujas histórias esse conflito não existe.
Exemplos de contos fantásticos
Um dos exemplos de conto fantástico mais conhecidos é “A Metamorfose” de Franz Kafka. Nesta obra, o personagem principal acorda transformado em um inseto, explorando temas de alienação e isolamento de uma forma surreal e impactante.
“A Casa Tomada” de Julio Cortázar é outro conto que se destaca no gênero fantástico. Nesta história, os protagonistas são gradualmente expulsos de sua própria casa por uma presença misteriosa e inexplicável, criando uma atmosfera de suspense e intriga.
Outro exemplo de conto fantástico é “O Aleph” de Jorge Luis Borges. Neste conto, o narrador descreve uma experiência sobrenatural na qual ele é capaz de ver e compreender simultaneamente todos os pontos do universo, explorando ideias de infinitude e transcendência.
“A Biblioteca de Babel” , também de Borges, é um conto que desafia as noções tradicionais de espaço e conhecimento. Nesta obra, a biblioteca contém todos os livros possíveis, refletindo a ideia de um universo infinito e caótico.
“O Travesseiro de Penas” de Horacio Quiroga (1917)
A história conta a história de Alicia que, poucos meses depois de se casar com Jordan, adoece com gripe e passa vários dias de cama convalescendo. Certa manhã, a protagonista acorda desmaiada, pelo que o médico lhe ordena repouso absoluto, sem conseguir explicar de que doença sofre. A cada dia ela acorda com a saúde mais deteriorada até que o médico pede exames de sangue, que revelam que ela sofre de uma anemia grave sem conseguir interpretar a causa. Assim passam os dias, enquanto Alicia cochila em seu quarto, com certos episódios de gritos e muito suor, fruto de alucinações.
Após sua morte, a criada encontra em sua almofada manchas de sangue que haviam passado despercebidas e, ao cortar a capa do travesseiro de penas, encontram uma espécie de parasita de ave, que havia sugado seu sangue até acabar.
“Outra Volta do Parafuso” de Henry James (1898)
A longa história, também concebida como notícia, conta a história de uma jovem governanta que é contratada para cuidar de duas crianças órfãs que vivem com a governanta e alguns criados em uma mansão vitoriana, situação que ela atende com alegria. Ele logo descobre que os filhos, Miles e Flora, vivem em estado de choque com a relação obscura e imodesta entre dois ex-funcionários da casa, da qual se sugere uma série de abusos contra Miles: aquele iniciado por Miss Jessel, sua última governanta. , e um servo chamado Peter Quint, mordomo de seu tio.
A jovem governanta procura ajudá-los, mas imediatamente começa a ouvir vozes, sons suspeitos e a ver a imagem da governanta anterior, que morreu em circunstâncias estranhas, e a da criada, no que seriam aparentemente aparições espectrais.
“O Chamado de Cthulhu” de HP Lovecraft (1926)
A história começa narrando a morte de um professor da Brown University, cujos documentos de estudos vão parar nas mãos de seu sobrinho, protagonista da história, e que, por meio deles, descobre a existência de Cthulhu. Esta criatura é algum tipo de grande entidade ou divindade cósmica, vivendo nas profundezas do oceano. A julgar por uma escultura que está ao lado dos documentos do professor, trata-se de uma espécie de polvo, mesclado com um dragão e com forma humanóide. Este ser, que supostamente chegou com seus seguidores extraterrestres do espaço há milhões de anos (antes do nascimento do primeiro homem), é reverenciado por uma seita que busca despertá-lo da cidade submersa onde repousa para impor seu domínio sobre Terra.
Esta é a primeira história em que é apresentado Cthulhu, que mais tarde se torna a figura central nas histórias deste autor.
“A corda” de Silvina Ocampo (1971)
Este conto é estrelado por Antoñito López, um menino travesso que gostava de jogos perigosos. Esperou muitos anos que os adultos lhe dessem a velha corda da cisterna para se entreter e, quando o fizeram, inventou milhares de brincadeiras até transformá-la numa cobra venenosa. Aos poucos, a corda começou a ganhar vida: subir as escadas e subir nas árvores. Com o tempo também começou a brotar uma língua bifurcada e franja e ficou verde. Antoñito quis enforcar o gato com ela, mas Prímula (como ele a chamava) não permitiu, então o menino considerou que era uma cobra herbívora e a alimentou com grama e água.
Numa tarde de dezembro, o menino a jogou para o alto, sem prever seu retorno, e Primrose enfiou a língua no peito dele e o matou.
“O Sandman” por ETA Hoffman (1817)
Este fantástico conto narra a vida de Nataniel, um estudante que, ainda jovem, fica traumatizado com a morte do pai, ocorrida quando ele era pequeno. Segundo ele, o pai havia sido morto pelas mãos do homem-areia. Nataniel acredita ver sua figura no advogado Coppelius, um visitante de sua casa que tem uma série de encontros com seu pai, e que um dia, enquanto está escondido no escritório, consegue ver como ele foi assassinado. Embora esteja noivo de Clara, o jovem se apaixona por Olímpia, autômato que acaba sendo a causa da loucura de Natanael.
A história é composta a partir de três cartas, nas quais se observa a perda da razão por parte de seu protagonista.
“A Lenda de Sleepy Hollow”, de Washington Irving (1820)
Este conto fantástico narra a vida de Ichabod Crane, um professor de escola extremamente supersticioso e medroso de Connecticut, que decide ir para a cidade de Sleepy Hollow para remediar sua miséria e desejo de amor. Uma vez lá, ele se apaixonará pela bela e jovem Katrina Van Tassel, filha de Baltus Van Tassel e única herdeira de sua fortuna, de quem procurará pedir sua mão. No entanto, ela também é procurada pelo brincalhão Abraham “Brom Bones” Van Brunt, que fará de tudo para tirá-lo de Sleepy Hollow.
Ele poderá até se transformar em um antigo fantasma que todos chamam de famoso cavaleiro sem cabeça.
“Quando falávamos com os mortos”, de Mariana Enríquez (2013)
A história tem como protagonistas cinco amigos adolescentes, que se unem para se comunicar com os espíritos por meio de um tabuleiro Ouija. Em um desses encontros, um relato quer falar com seus pais, desaparecidos pela última ditadura civil-militar argentina, para saber onde estão seus corpos. Quando eles começam a convocar os espíritos e os mortos para perguntar sobre o paradeiro dos pais de Julia, ocorre uma situação inexplicável: uma aparição que fará com que os encontros terminem e eles abandonarão o tabuleiro Ouija para sempre.
“A Queda da Casa de Usher” de Edgar Allan Poe (1839)
O conto conta a história de um jovem cavalheiro que é convidado por uma carta manuscrita à antiga casa de um amigo de infância, Roderick Usher, um excêntrico artista que vive completamente recluso naquela casa, junto com sua irmã Lady Madeline. Desde o início, sugere-se que algo está acontecendo em relação à casa e seus habitantes, pois, à medida que o protagonista se aproxima da entrada, a ideia de declínio da casa se conecta com a da saúde de seus habitantes.
Na primeira conversa com o amigo, ele fica sabendo dos problemas de saúde que afligem tanto ele quanto Lady Madeline, cujos sintomas são descritos como uma “agudeza mórbida dos sentidos”. A primeira a morrer é sua irmã, e seus restos mortais são depositados em uma cripta. Depois disso, acontecem eventos terríveis que culminam em um final trágico.
“Jantar”, de Alfonso Reyes (1912)
Neste conto, sonho e realidade se cruzam e, com eles, se misturam as dimensões do espaço e do tempo. Conta a história de Alfonso, que recebe um convite para jantar de duas mulheres que não conhece: Dona Magdalena e sua única filha Amália.
Às nove badaladas, vai ao encontro marcado e, depois de beberem muito vinho depois do jantar, dirigem-se para um jardim escuro, onde António adormece longamente num banco, fruto da sua embriaguez incipiente. Ao acordar, encontra-se num ambiente estranho onde Amália lhe conta a história de um capitão e o conduz até ao quarto onde lhe mostra um retrato seu. Invadido pelo terror, ele corre em direção a sua casa.
“Tantalia”, de Macedonio Fernández (1930)
Esta história conta a história Dele, um homem que perde o desejo de amar e busca desesperadamente uma maneira de recuperá-los. A condição do personagem o coloca em estado catatônico, de viver pela metade, o que o deixa desesperado. Isso não passa despercebido por Ella, sua amada, que lhe envia de presente um trevo, com a intenção de que, ao dar proteção e amor à planta, ele possa recuperar sua sensibilidade afetiva. É assim que ele começa a fazer por um certo tempo, até perceber quantos cuidados ele precisa, principalmente de agentes externos como frio ou calor excessivo ou agressões de animais. Ele acaba se sentindo mais intimidado com a possibilidade de sua plantinha morrer, e fica obcecado.
“O Hobbit”
Escrito por J.R.R. Tolkien, “O Hobbit” é um exemplo clássico de conto fantástico. A história segue Bilbo Bolseiro, um hobbit relutante que se aventura em uma jornada épica ao lado de anões para recuperar um tesouro guardado por um dragão. Nessa jornada, Bilbo se depara com criaturas mágicas, como elfos, trolls e o temível dragão Smaug.
“Alice no País das Maravilhas”
“Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, é um conto fantástico que nos leva a uma realidade surreal e cheia de absurdos. Alice cai em uma toca de coelho e entra em um mundo repleto de personagens excêntricos, como o Chapeleiro Maluco, a Rainha de Copas e o Gato de Cheshire. Nessa jornada, a protagonista enfrenta situações bizarras e desafiadoras.
“A Torre Negra”
“A Torre Negra”, de Stephen King, é uma série de contos fantásticos que mescla elementos de fantasia, ficção científica e terror. A trama acompanha Roland Deschain, o último pistoleiro de um mundo em ruínas, em sua busca pela Torre Negra, um local misterioso que conecta todos os universos. Ao longo da história, Roland enfrenta criaturas sobrenaturais e desafia forças obscuras.
Referências
- Calvino, I. (1987). “Introdução”. Contos fantásticos do século XIX. Siruela Edições. Disponível em: http://200.111.157.35/biblio/recursos/Calvino,%20Italo%20-%20Cuentos%20Fantasticos%20Del%20XIX.pdf
- Marino Espuelas, A (2015). “Fantástico”. Dicionário espanhol de termos literários internacionais. Madrid: (DETLI) Conselho Superior de Investigação Científica. Disponível em: http://www.proyectos.cchs.csic.es/detli/sites/default/files/Fant%C3%A1stico.pdf
- Roas, D. (2013). “O fantástico como desestabilização do real: elementos para uma definição”. Quimera: revista de literatura, nº 354, pág. 22.
- Rest, J. (1991). conceitos de literatura moderna. Centro Editor de América Latina. CEDAL.
Todorov, T. (2011). Introdução à literatura fantástica. Buenos Aires: Paidos.