Em psicologia é chamado acessório à relação afetiva e estável de longo prazo que se estabelece entre duas pessoas e que se caracteriza por ser um vínculo que produz segurança, proteção, bem-estar e afeto. Por exemplo: Uma criança apegada à mãe chora se ela não estiver presente.
Na vida de uma pessoa existem diferentes laços de apego que são diferentes em cada fase, pois entre dois adultos esta relação é recíproca, mas entre uma criança e um adulto, apenas este último é a figura que lhe confere proteção e segurança.
O primeiro vínculo de apego surge quando um bebê entre 6 e 12 meses de idade desenvolve uma intensa relação afetiva com um adulto, que cumpre o papel de cuidador, ou seja, que é a pessoa que interage social e emocionalmente com a criança, que garante sua sobrevivência, que cuida dele e o conforta em circunstâncias angustiantes.
A criança realiza diferentes comportamentos em relação à figura de apego, como tentar estar sempre perto e não se separar dela ou procurá-la caso sinta medo ou ansiedade.
O apego é fundamental na primeira infância (desde o nascimento até os 5 ou 6 anos de idade), pois pode influenciar os relacionamentos futuros do sujeito, a autoestima ou o desenvolvimento pessoal ou psicológico.
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Fases do apego
Embora o apego continue a mudar na infância e adolescência, os quatro estágios fundamentais são:
- 0 a 3 meses. A criança mostra preferência pela companhia de seres humanos.
- 3 a 5 meses. O infante demonstra preferência por pessoas familiares e, principalmente, pelo adulto que cumpre o papel de figura de apego. Essa preferência se manifesta pelo riso, balbucio e choro do bebê.
- 6 a 12 meses. O bebê mostra preferência pela figura de apego e desconforto com pessoas desconhecidas. Quando separado do cuidador, o bebê manifesta angústia, mas, ao reencontrá-lo, manifesta bem-estar e alegria.
- a partir de 12 meses. O lactente já produziu o vínculo de apego e, sentindo-se seguro, começa a apresentar certa independência verbal e motora.
Tipos de apego
Mary Ainsworth, uma psicóloga americana, descreveu quatro tipos de apego:
- anexo seguro. Quando a figura de apego está presente, a criança se sente segura para explorar o mundo e interagir com outras pessoas. Mas quando esta figura está ausente, o bebê não fica à vontade.
- Apego resistente. Quando a figura de apego está presente, a criança não explora tanto, procura sempre estar perto dela e tem pouca interação com estranhos. Quando esta figura está ausente, o bebê fica muito inquieto.
- Apego evasivo. Quando a figura de apego está presente, a criança não demonstra preferência por se aproximar e se relacionar com ela. Quando esta figura está ausente, o bebê não mostra inquietação.
- apego desorientado. Quando a figura de apego está presente ou ausente, as crianças em alguns casos se comportam como bebês com apego resistente, mas em outros casos se comportam como bebês com apego evitativo.
Exemplos de anexo
- A criança sorri, porque se reencontrou com a pessoa que desempenha o papel de figura de apego.
- A criança engatinha pela sala com segurança, pois a pessoa que faz o papel de figura de apego está por perto.
- A criança busca com o olhar aquele que cumpre o papel de figura de apego, pois sente angústia.
- A criança balbucia e sorri, pois está brincando com a pessoa que representa a figura de apego.
- A criança chora, porque não vê a pessoa que faz o papel de figura de apego.
- A criança se aproxima de estranhos, pois a pessoa que cumpre o papel de figura de apego está no mesmo lugar.
- A criança mostra preferência pela pessoa que passa mais tempo com ela.
- A criança responde balbuciando ao que lhe diz a pessoa que cumpre o papel de figura de apego.
- A criança dorme tranquila, pois está nos braços de seu cuidador, ou seja, a figura de apego.
- A criança engatinha até onde está a pessoa que representa a figura de apego, para ficar mais perto dela.
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